Papel em branco
Vejo na minha frente
Folhas de papel em branco
Em cima da mesa
Um lápis em um canto
Aparece para me instigar
Dúvidas na minha mente
O que eu posso revelar?
Meus segredos, meus medos, o que eu vivo a sonhar
Será que alguém
Quer que eu conte a sua história
Que ele mesmo não soube contar?
Assim é a vida de um poeta
Nem sempre nos resta
A opção de mudar
A história já vem pronta
É só revelar
Às vezes fica tão real
Que fica a dúvida
Se é ficção
Ou então
Fomos nós mesmos que vivemos
E não queríamos contar
Tudo tem o seu tempo
E a hora certa para contar
É como se fosse
Uma dor
A te incomodar
E na hora que você arranca de dentro
Vem o alívio
Ela ganhou vida
Agora não é só minha
Todo mundo
Vai poder compartilhar