Alma desinibida

As ruas todas floridas

Hoje ninguém me segura

vou cair na folia

Com meu corpo vestido

E minha alma completamente nua

Meus lábios vermelhos

espelham o sangue que correm pelas minhas veias

Vou cantar

e sorrir

Para que ninguém perceba

o quanto já sofri.

Dispenso fantasia

Pois a mesma

já faz parte do meu dia-a-dia

Em meus olhos devoro o arco-íris

e muita purpurina

Para que os mesmos

ofusquem

Cicatrizes das minhas noites sombrias.

Estou na avenida a sambar

Sou soberana

resiliente

Uma flor em meio aos espinhos

Tenho marcas de sofrimentos

porém

não vou desistir de ser feliz

Sou imune aos meus próprios demônios

Embora minhas feridas sangrem

Minha alma ainda samba.

Silvana Silva poetisa
Enviado por Silvana Silva poetisa em 18/03/2023
Código do texto: T7743021
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