Alma desinibida
As ruas todas floridas
Hoje ninguém me segura
vou cair na folia
Com meu corpo vestido
E minha alma completamente nua
Meus lábios vermelhos
espelham o sangue que correm pelas minhas veias
Vou cantar
e sorrir
Para que ninguém perceba
o quanto já sofri.
Dispenso fantasia
Pois a mesma
já faz parte do meu dia-a-dia
Em meus olhos devoro o arco-íris
e muita purpurina
Para que os mesmos
ofusquem
Cicatrizes das minhas noites sombrias.
Estou na avenida a sambar
Sou soberana
resiliente
Uma flor em meio aos espinhos
Tenho marcas de sofrimentos
porém
não vou desistir de ser feliz
Sou imune aos meus próprios demônios
Embora minhas feridas sangrem
Minha alma ainda samba.