sua morte dentro do mundo convencional
Pense naquilo
Que confirma
Sua própria existência
Para você mesmo
Aquilo que te rapta
Do tédio
Da desesperança
Do desânimo
Da tristeza
Do sentimento
De inutilidade
Quando você preenche
Suas mãos com isso
Você sente um peso
Não, não um peso
De um sentimento
Depressivo
Ou do medo paralisante
Da ansiedade
Mas um peso
De um centro de gravidade
Se formando e se
Intensificando
Sobre você
Gravidade desenhando
Um círculo
Gravado em areia
Te afundando
Você cai no andar
De baixo
Sua visão periférica
Só é recebida
Com trevas
E solidão
Essa é sua visão
Pois quando você faz
O que alimenta
Seu espírito
Tudo se encobre em
Penumbra
Só você importa
Pra você mesmo
Você e a ação
Que te deixa
Em seu habitat
As vozes de interferência
Antes tão próximas e fortes
Agora, tão distantes, fracas
E abafadas
Quando ouvidas
Do seu centro
De gravidade
Particular
Espectadores só podem falar
Em morte
Por afastamento
Desinteresse
Reclusão