Quem de nós
Quem de nós nunca olhou para trás
E viu, nada mais
Do que apenas cinzas frias
De uma fogueira pouco abastecida
Pelo oxigênio que faz a vida se elevar ao céus
Como a chama mais ardente que se possa imaginar
Quem de nós nunca viu apenas
Um quadro em preto e branco
Opaco
Como um pecado arrependido
Que nos deixa inertes
Sem podermos sair do lugar
Quem de nós nunca imaginou
Em momentos de completo devaneio
Na possibilidade de voltarmos no tempo
E assim termos a chance
De novamente sonhar.