Sobretudo, Vida 🤍
O preço da razão e da emoção
é olhar para si mesmo.
Há em mim e a mim uma devoção,
Mesmo que em alegria ou angústia ou medo!
Eu não procuro distorcê-la, negá-la, interpretá-la,
eu procuro sentir, perceber o que me diz, sondá-la!
Me responsabilizo pelo meu sentir, pensar, fazer e dizer,
Fluindo sobretudo em mim
como uma árvore no jardim
a crescer.
`As vezes, eu quero dançar!
Outras, eu quero deitar
Só ou com amigos, mas sobretudo, com Deus
que está onipresente acompanhando os passos meus!
`As vezes, quero ir com meu namorado numa cachoeira!
Outras, quero ir num parque com uma cadela companheira!
Quanto mais me conecto com a vida na natureza,
sobretudo eu me percebo mais parte (e mais além) dela com destreza.
`As vezes, mais distante.
Outras, mais perto num instante
do meu "eu real" porque sei que é o "real" que posso ser me acompanhando
no meu processo real de um ideal ir me aproximando,
independente de algo de fora que me dê valor.
Eu quero perceber meu valor!
Eu quero que percebam meu valor,
embora eu já o considere como for!
E se não o considerarem em mim como digna de amor e de respeito primordial
aos meus sentimentos, à minha morada experiencial,
sei que eu posso me manter entre o independentemente vivente e inevitavelmente interdependente,
sei que posso me mostrar humana, sendo,
por garantir que isso por si só já tenha um valor
E também que tenha um valor por ser quem e do jeito que sou!
Por isso, eu preservo meu autoamor,
sobretudo,
me descobrindo e crescendo como uma árvore com outras árvores no mundo!
Estou me preparando para me reconhecer em processo e a você também!
Sinto meu autoamor por ir me conhecendo, me desenvolvendo, crescendo!
Sinto meu amor e gratidão a tudo que reciprocamente me ajuda
e que também cresce continuamente numa singular e interdependente luta!
Com um solo fértil, chuva, Sol, adubo e etc, cresço mais fortalecida no mundo meu,
mas senão, cresço, mesmo assim,
pelo elixir da vida
que existirá sempre entre o universo e eu.
Por tanto, também percebo meu valor como devota
e o valor de tudo e todos a minha volta!
Até por poeira estelar e alma nos reconhecemos
e como pessoas humanas convivemos
únicos independentes e interdependentes
entregues presentes viventes
como árvores no jardim,
podendo mutuamente nos autocuidar e sermos cuidados, sim,
para dar sentido à vida através das nossas necessidades humanas de amor e respeito
ao nosso fluxo e elixir da vida, nosso primordial e essencial eixo.