Campos Secos

Ouço um silêncio

nos campos secos de dentro,

um estalar de nadas

que se faz imensidão

no entardecer de palavras.

A boca abarca este sozinho

e faz ninhos de (in)quietudes

nos galhos quebradiços

desta íris azulada de sóis.

Um sopro de vento

perambula a voz que cala,

acarinha a mão que toca angústias

na escuridão...

faz um prelúdio

do que seja um silenciar

agonizante de (in)certezas...

E o poema destila sentimentos,

enquanto o infinito adormece

a voz do coração...