Travessia

 

Agoniada ando em pranto

Pela cidade quase vazia

Vou seguindo a esmo

O destino sem guarida.

 

As ruas quase desertas

O sol se esconde de mim

Só vejo o breu à frente

Da cerração do lugar.

 

Olho para todos os lados

Ninguém passa por perto

Somente a minha sombra

Caminha atrás de mim.

 

Na cadência da travessia

O lamento da minha mente

Mistura-se com a imagem

Do inquieto pensamento.

Maria de Fátima Fontenele Lopes
Enviado por Maria de Fátima Fontenele Lopes em 30/01/2023
Reeditado em 30/01/2023
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