Não mais, estou indo embora
A pouco tempo eu podia sentir o cheiro da mata molhada
Ao adentrar em minha Paraty
Não havia pois pedras no caminho
Somente existiam os pés de moleque
No dia corrente, vejo a burguesia invadir a selva
A petrificar seus lares a se moldar
E surgem gôndolas do lucro
Que amamenta a mais valia
Uma multidão bate suas cabeças
Nas praias de águas doces
No verão de chuvas vespertinas
Que enchem o mar
Estou a me despedir do meu canto
Onde escrevo prosas de amor
Ao ouvir o canto da sereia
Que tanto me inspira a cantar