Não mais, estou indo embora

A pouco tempo eu podia sentir o cheiro da mata molhada

Ao adentrar em minha Paraty

Não havia pois pedras no caminho

Somente existiam os pés de moleque

No dia corrente, vejo a burguesia invadir a selva

A petrificar seus lares a se moldar

E surgem gôndolas do lucro

Que amamenta a mais valia

Uma multidão bate suas cabeças

Nas praias de águas doces

No verão de chuvas vespertinas

Que enchem o mar

Estou a me despedir do meu canto

Onde escrevo prosas de amor

Ao ouvir o canto da sereia

Que tanto me inspira a cantar

Ed Ramos
Enviado por Ed Ramos em 26/01/2023
Reeditado em 11/03/2023
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