Contas.

No final das contas

Era somente a paz

Mas as pazes que a gente fazia

Não a paz de faz de conta

Ensimesmada

Nas noites de ímpares luares

Que tem os seus brilhares diferentes

De igual para igual

No fim das contas

É isso que a alma traz

Uma calma de paz

Que ria de dentro da gente

Era tão pouco, era tanto, era tudo

Coração chegava a ficar rouco

De tanto se fazer de mudo

Era uma corda solta, em ambas as pontas

Era o tempo a correr livre no espaço

No final das contas, pode parecer perfeito

Era alguma coisa a se fazer

O dia a dia era um colar de contas

Que foram se perdendo, no tempo sem conta

Era a vida a fluir de qualquer jeito.

Edson Ricardo Paiva.