A APOTEOSE DE HÉRCULES 13/14
A APOTEOSE DE HÉRCULES XIII – 16 junho 2022
Hebe lhe deu dois filhos imortais,
Alexiares um e o outro Aniceto;
Na verdade Hera de gratidão se recordara:
na revolta dos Titãs, Hércules a defendera;
os esposos irmãos só de nome, não reais,
Hebe filha de Hera, mas não de Zeus o afeto
Hércules filho de Zeus, que com mortal gerara,
que dos ciúmes de Hera sempre o protegera,
nenhum incesto aqui havendo com certeza,
por mais que a Igreja denunciasse ser vileza.
Então do Olimpo tornou-se Hércules o porteiro,
permanecendo junto ao portão dourado,
sem ser queixar de qualquer mais longa espera,
quando Ártemis se demorava em suas caçadas;
antes de Diana foi este seu nome primeiro,
por brincadeira tendo a deusa reprovado,
se em sua biga não encontrasse qualquer fera,
apenas cabras e lebres ali acumuladas.
“Você devia era caçar os javalis,
que contra pomares e colheitas são tão vis!”
“Ou quem sabe algum touro selvagem,
qualquer leão, pantera ou elefante,
mas qual o mal que as lebres nos fizeram
ou as pobres cabras por você abatidas?”
Mas agora só empregava a sua coragem
para esfolar quanto encontrava adiante
e até cruas comia partes que lhe apeteceram:
feras selvagens não produziam boas comidas;
mas Ganimedes é quem fazia o churrasco
que os deuses palatavam ser ter asco.
Embora Hércules no Olimpo permaneça,
existe dele ainda mortal fantasma,
que o Tártaro percorre qual guardião,
entre os iníquos que ali são atormentados;
um capacete traz em sua cabeça,
causando um medo que até aos mortos pasma,
que nem se atrevem a fugir da punição;
e no seu ombro leva um manto atravessado,
bordado em cenas de combate e morticínio,
nos afirma Homero em seu antigo tirocínio.
A APOTEOSE DE HÉRCULES XIV – 17 junho 2022
Em Sekyopia, um de seus filhos, Festos,
encontrou sua adoração como um herói,
mas introduziu seu culto como um deus,
ara divina sendo por ele construída,
mas existindo ali velhos contextos,
o sacrifício como herói mantido foi;
porém como deus adorado pelos seus,
cada vítima era em dois altares dividida
e entre outras coisas, o invocavam em proteção
quando de insetos ocorria uma invasão...
Quando Iolaos e seus companheiros retornaram
à Trácia, Menoécios, filho de Aktor,
um carneiro, um touro e um javali
sacrificou de Hércules à memória;
assim os ritos de adoração do herói começaram,
os Lócrios e Tebanos a lhe dar igual valor,
mas foi em Atenas, consoante o quanto li
que pela vez primeira na helênica história
foi Hércules adorado como um deus,
seguindo muitos tais exemplos seus.
Em Orta, de Cornópio o apelidaram,
porque ele dali destruiu os gafanhotos;
e em Eritra de Ipoktonos o chamaram,
por ter dalí os ípes exterminado,
insetos numerosos que suas vinhas atacaram
e devoravam os seus primeiros brotos;
em Tirinto ainda o apodaram
de Dactylos, como marujo apresentado.
Havia um mosaico de grande beleza
que o descrevia a mostrar grande destreza.
Então se achava na metade do caminho
entre Eritra e a ilha de Quios,
os habitantes de ambos os locais
puxar tentando só para o seu lado,
mas ele mantinha a direção de seu barquinho,
por mais o buscassem atrair para seus rios,
até que um dia, em pesadelos conceptuais,
um pescador chamado Fórmios foi cegado,
durante um sonho em que via a solução
e para Eritra votou sua devoção.