Se todo fim sempre espelha

uma flor ou a outro início,

creio não existir um fim para o princípio.

Não há como todo princípio

estar ligado a um fim de si mesmo

se esse fim espelha uma flor,

um novo início ou outra flor.

 

Vejo a continuidade

nesse imbróglio que nasce

aos pés de uma flor

que simboliza a pureza espiritual,

a pureza do corpo e da mente,

a promessa da elevação espiritual.

 

Penso que o princípio do fim

é o triunfo do espírito,

a descoberta

ou a redescoberta dos sentidos,

a busca da sabedoria

e do conhecimento que nunca se finda,

que sempre é um início sagrado, íntimo,

pessoal - mas não-individual -

porque o conhecimento

só cumpre sua função

quando compartilhado.

 

E ele não apaga o passado,

mas permite um renascer,

um começar de novo

diante de um horizonte

de possibilidades...

 

Que a Flor esteja

no seu horizonte de possibilidades!