Aprendendo a jogar
Assim que meus olhos
Se desembaçarem
da fantasia,
E meu cérebro se recusar
À equação que interpreta ingenuamente
a incógnita,
E, ainda, se o todo, em mim,
desejar ver as realidades,
sem muito tergiversar, ou padecer,
Vou aprender sobre:
a rudeza normal do cotidiano,
o trocar o romântico pela comédia,
o dar a volta na necessidade de abraço, numa só pirueta completa.
Para poder assim enterrar, sem pena e em definitivo,
À lança, à ferro e fogo, à espada e à flecha,
As ilusões.
E sorrindo, passar enfim a jogar com as regras para merecer a paz.