Ela servia mesas
em noites Pós sol a pino.
Ela servia mesas
em dias de chuva grossa.
Em que se molhavam
os clientes assíduos, que
nem se moviam das mesas.
Ela servia sorrindo…
cervejas, cervejas,
cervejas e mais cervejas
nas mesas.
A gente sorria com seu
sorriso tímido, largo…
onde servir nunca foi
castigo.
– Cadê Sil? Cê lembra? … de Sil?
– Oh, amigo… Você não sabia? Sil morreu.
– Poxa… morreu de quê?
– Não sei…
O que sabíamos era que ela
tirava o sorriso, de um lugar
onde servir nunca foi castigo.
Tirava aquele sorriso…
de onde, amigo? De onde?
– Um brinde a Sil então?
– “Sim! Um brinde!”
Mesa após mesa: simpatia…
Dia após dia, chuva após chuva,
semblante satisfeito de quem servia
mostrando que pra gente como ela:
o céu facinho, se abria.