HÉRKLES E OS DRYOPIANOS FINAL
HÉRAKLES E OS DRYOPIANOS V – 2 junho 22
Cada contendor sacou então da espada,
E após breve combate, Hérakles trespassou
O pescoço de Cyknos, derrubando-o novamente;
Contra as regras do combate, Ares arrojou
A sua lança, com intenção determinada,
Mas Athena com a égide sua ponta desviou.
Ares desembainhou sua espada inclemente,
Mas Hérakles vasto golpe em sua coxa acertou
E até teria um final golpe lhe aplicado,
Se Zeus com um raio não os tivesse separado!
Athena carregou o deus da guerra desmaiado,
Para Asklepios no Olimpo, que o recuperou,
Mas Hérakles e Iolaos o corpo de Cyknos despojaram
E então retomaram a jornada interrompida.
Por ordem de Ceyx foi o morto sepultado,
Mas Apollo ao Rio Anauros ordenou
E sua pedra sepulcral as águas arrancaram;
Já Hérakles outra luta travaria em seguida:
Em Ormenum, uma minúscula cidade
De cujo rei foi solicitar a hospitalidade.
Bem recebido sendo pelo Rei Amintor,
Mas durante o banquete oferecido,
Por sua filha Astidaméia se encantou,
Porém Amintor recusou-se a entregá-la.
“Já sois casado, meu caro senhor
E de suas muitas traições bem tenho ouvido:
Muitas princesas possuiu e abandonou.”
Então Hérakles foi atacar a cidade e após tomá-la,
Matou Amintor e sua filha carregou
Que ao filho tido como Ctesippos batizou.
O sacrificio de um boi de arado
Por Hérakles e a descoberta do menino,
À frente da lâmina do arado colocado,
Fazem parte de outro ritual pré-helênico:
O sangue do boi teria a terra consagrado
E o do pequeno Hylos era um símbolo divino
Sendo à semente da colheita equiparado;
Para os Gregos costume mais do que polêmico,
Mas representava de Deméter um rebento,
À sua maneira concedido qual portento.
HÉRAKLES E OS DRYOPIANOS VI – 3 junho 22
Como o Ano Velho foi Theiodamas interpretado,
Por igual Hylas o espírito do Ano Novo.
A expulsão dos sobreviventes Dryopianos,
Que para o sul da Grécia se mudaram,
Provavelmente foi um feito realizado
Por uma tribo que se julgasse o renovo
E descendência do herói com os Arcadianos,
Que no século doze de fato os expulsaram,
Os primeiros Dórios que em tal lugar chegassem
E aos descendentes seus escravizassem.
A luta de Hérakles com Cyknos, filho de Ares,
Lembra igualmente de Pélops o combate
Com Enomaos, igualmente um caçador
De cabeças humanas, com que iria decorar
Outro templo de Ares, se aqui recordares
Que Hipodâmia, sua filha, neste embate
Também estava na biga e com vigor
Fosse suas rédeas firmemente segurar
A própria Athena a noiva ali representaria
Que Pelops em tal feroz peleja obteria!
Diodoro Sículo nos afirmou igualmente,
Que Cyknos, tal qual o rei Espartano
Polideus, simbolizava o rei-sacerdote
Na liturgia do Culto do Cisne ancestral,
Que deveria ser morto finalmente,
Nesse ritual estranhíssimo e arcano
E criar asas, por um estranho dote,
Para voar até o Círculo Boreal.
Talvez aqui também se encontre a origem
Do Cisne de Leda, cuja saga nos impingem.
Finalmente do rei Egímios o estranho nome,
Que significa “estar de bode fantasiado”
Já nos indica um outro tipo de ritual,
Do Rei-Bode com sua rainha tribal
E nessa luta que aos Dórios se retome
Contra os Lápidas, claramente é invocado
O combate dos Centauros do local
Contra tais Lápidas, bem conhecido no total,
Que da batalha teriam também participado
E a Hérakles e seus Dórios ajudado!...
EPÍLOGO
Os Centauros eram homens a cavalo,
Um animal recentemente introduzido,
Enquanto os Sátiros, com seus pés de bode,
Provavelmente eram guerreiros recobertos
Com peles de animais, cabeça e outro regalo.
Das Amazonas foi igualmente sugerido
Que sua presença tanto aos homens incomode
Por montarem animais, com os seios descobertos,
Pelos Micenianos sendo assim temidos,
Por anteriormente serem desconhecidos...