ATÉ O FIM
Se eu sou o que quero,
Porque escolho o que os outros impõe?
Estou cansada dessa decisão precipitada
Que me deixa dilacerada.
Não tem como voltar à ser a mesma
Estou indo ser eu mesma
Isso é humanamente suficiente
Que eu escreva os meus versos
Pensando em bocas que nunca beijei
Que eu saboreie o que nunca provei
Que a minha busca seja tão satisfatória
Comigo.
Do que percorrer esses mil caminhos
Que nada tem haver comigo, minhas realidades
E instinto.
Prefiro apronfundar-me nas correntezas
De uma nova versão, do que ser rotulada:
"A sem razão."
"Razões eu tenho, por simplesmente existir
Isso vai reverberar até o fim."