ATÉ O FIM

Se eu sou o que quero,

Porque escolho o que os outros impõe?

Estou cansada dessa decisão precipitada

Que me deixa dilacerada.

Não tem como voltar à ser a mesma

Estou indo ser eu mesma

Isso é humanamente suficiente

Que eu escreva os meus versos

Pensando em bocas que nunca beijei

Que eu saboreie o que nunca provei

Que a minha busca seja tão satisfatória

Comigo.

Do que percorrer esses mil caminhos

Que nada tem haver comigo, minhas realidades

E instinto.

Prefiro apronfundar-me nas correntezas

De uma nova versão, do que ser rotulada:

"A sem razão."

"Razões eu tenho, por simplesmente existir

Isso vai reverberar até o fim."

O Profundo de Fany Cósta
Enviado por O Profundo de Fany Cósta em 11/12/2022
Reeditado em 26/12/2022
Código do texto: T7669878
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