MEMORIAL DE UM EFÊMERO 44 💠
Sobre a égide que há séculos
Se tramsmuta em epitáfio
A pedra cinza, cor de pedra
Da cor dos seus espetáculos
Venho confessar meus medos
E chorar minhas coragens
Retrilhando meus vernáculos
Ninguém colonizará meus sonhos
Ninguém há de ditar meus medos
Ninguém há de me ver mais medonho
Que a estranheza dos segredos
Todavia sei que ando
Andando sei que amanheço
E quanto mais eu me desando
Só eu sei que me conheço
Sobre a efígie cunhada
Minha epígrafe eu sou
E a pedra em que tropeçam
Em coluna se me tornou
Meu medo virou coragem
Hoje enfeito de verdades
Aquilo que me sobrou
Do tanto que me olvidou
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