A INVASÃO DO PELOPONESO 1/2
A INVASÃO DO PELOPONESO I – 15 MAR 22
O mito anterior registra derrotado
o temível Hércules pela primeira vez;
sua base histórica será, provavelmente
a primeira invasão do Peloponeso, conquistado
século e meio após, conforme lês
em Robert Graves, provinda do nascente;
isto ocorreu enquanto os Micenianos
ainda era fortes para frustrar seus planos.
Mas a seguir, quando explodiu o vulcão
de Santorini, Micenas e Tirinto
foram inteiramente por cinzas soterradas.
No século onze, ocorreu nova invasão
que ocupou o Peloponeso e assim pressinto
que as famílias dos Aqueus foram ali localizadas.
Logo depois, são os Dórios que ali chegam
e outro ponto do Peloponeso ocupam.
Sempre me causou certa curiosidade
que estas duas primeiras invasões
o mito contrariem de sua genealogia.
Os filhos de Deucalião e Pyrra, na verdade,
são chamados de Doro e Éolo, nas versões
adotadas por Hesíodo, que igual afirmaria
que Jon ou Ion e Aqueu seus netos seriam,
por que em outra ordem na terra chegariam?
Já que de fato, foram primeiro os Aqueus,
que seriam só netos desse Deucalião
e então os Dórios, de filhos seus chamados,
os Eólios e os Jônios, seguidores seus,
só se apresentaram depois em sucessão;
eu pensaria serem os Aqueus gerados
antes dos Jônios, daí a minha confusão
ao estudar a sua ordem de invasão.
Para Hércules foram muitos feitos atribuídos,
mais referidos foram os rios Alfeu e Peneu
que ele empregara para lavar as estrebarias
desse Áugias, de que os atos conhecidos
são de audácia, que a mim sempre surpreendeu;
estranha essa figura que aqui vias...
E afinal, quem reinaria relmente,
senão Moline, que me parece tão potente?
A INVASÃO DO PELOPONESO II – 16 mar 22
Esses seus filhos de estranho parecer,
ligados pelo ventre e no entretanto
sempre mostrados como hábeis guerreiros,
que Hércules só à traição fez perecer,
algo que foge ao caráter do gigante,
um dos motivos para se afirmar primeiro
que vários homens atenderam por tal nome,
mas que os Helenos reuniram em renome.
Estranhamente, de Hércules descendentes
foram justamente para Élida imigrar
e desde então a cidade foi sagrada,
tanto que o estádio e os santuários componentes
aos Elidanos foram dados a guardar
e ainda ramos colher da oliveira transportada
por esse Hércules da longínqua Hiperbória,
cuja localização hoje é ainda bem contraditória.
Estranho paralelo traçam certos estudiosos
entre os trezentos e sessenta que morreram nessa luta
e os dias egípcios de seu calendário lunar;
a mim parecem mesmo um tanto presunçosos,
razão não vejo e tal ponho em disputa,
que a esses Micenianos se possa comparar
com os dias de um povo tão distante,
por mais que a idéia seja um tanto interessante.
Que aqui se possa igualmente mencionar
que os Egípcios sabiam muito bem
da discrepância com o ano solar,
cinco dias anualmente a separar,
consagrados a Osíris e a Hórus e também,
por cada dia para uma deidade designar
a Ísis, Nephthys e até o irmão seu inimigo,
Seth, que a Osíris precipitou em seu jazigo
Algo diverso sucedeu noutra versão:
que o deus Chronos, o Tempo, pai de Zeus,
tivera sua cabeça branca enterrada
em uma colina próxima, dando proteção
ao estádio, templos e altares seus.
Também o Bran celta teria sepultada
a sua cabeça em uma elevação,
para Londres proteger contra invasão.