O Caos em Cronos
Uma sequência de algo indivisível,
O eterno em combate contra tudo que é finito.
O Caos quer se manter eterno,
Cronos,
Quer tempo definido.
Na ampulheta,
A vida escoa,
Na vitória,
O perpétuo é permitido.
Vou viver,
Através da história,
A matéria,
É caso perdido.
Minha alma,
Vive na memória,
Vou morrer,
Quando for esquecido.
Meu corpo dói,
Tenho lapsos de memória,
Escrevo para me manter vivo,
E viver longe da escória.
Se assim,
For a mim permitido.
Minto,
Nada faz sentido,
Invento,
Vivo em paranóia,
Recrio,
Um ser invisível,
Um eu,
Com honras e glórias.
Prolongo a vida,
A cada palavra escrita,
Buscando o ar,
Tentando me manter vivo,
Mesmo que o corpo,
Tenha padecido,
Luto para ser eterno,
Buscando não ser esquecido.