Espelunca
Vou sair da espelunca,
Com o meu corpo bem erguido.
Voltarei pra onde nunca;
Deveria ter saído.
Sairei da cova rasa,
Fugirei da vil caverna.
Voltarei pra minha casa,
Minha casamata eterna.
Sairei deste covil,
Não serei cão sem matilha.
Nem serei astuto, ardil,
Quero fagos da família.
Sairei da espelunca,
Pro meu lar, eu voltarei.
O homizio, muito trunca,
É o lugar onde chorei.