O ébrio
O ébrio se equilibra
Nos seus sonhos perdidos
Seu álcool é a sua vida
E os seus passos castigos
O ébrio se equilibra
Nas janelas e marquises
Quase em despedida
Vê sorrindo suas crises
O ébrio se equilibra
E não tem sequer vertigem
Cambaleia na subida
Enquanto os outros vivem
O ébrio se vomita
Enquanto os outros assistem
E o que era comida
Nas imundícies residem.