O MEU JEITO DE SER

Talvez você que me olha

Não compreenda o meu proceder

A forma como vejo a vida

E nem o meu jeito de ser

A luz que dou aos meus dias

E o encanto para o meu viver...

É que eu nasci bem distante

A muitos quilômetros de chão

Onde a natureza floresce

Bem nos confins do sertão

Em uma casa de sertanejos

Rodeado de muitos irmãos...

Onde o vento que sopra é poesia

E o barulho da chuva é canção

O sol é poema ao dormir

Nas águas do ribeirão

A lua e as estrelas, paixões

Nas batidas de um coração...

Onde as flores enfeitam as matas

Sem pretensão de brilhar

E os pássaros abrem a garganta

Pelo simples dom de cantar

Onde a vida respeita a vida

Cada qual em seu lugar...

Mas são detalhes que só sentem

Que nasceu neste lugar

Quem agatinhou pela terra

E nela aprendeu a andar

E por mais distante que viva

Jamais se esquecerá...

Assim, esta alma de sertanejo

Mesmo que eu queira mudar

Faltará um pedaço de mim

Que nunca se completará

Não serei eu verdadeiro

Não conseguirei me encontrar...

Então sou grato pela vida

Por tudo o que posso ser

Pelos valores da cidade

Que também pude compreender

Pelas conquistas e os amigos

Que completam o meu viver...

Luis Antônio Mendonça
Enviado por Luis Antônio Mendonça em 16/10/2022
Código do texto: T7629110
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2022. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.