Espectadora
Entusiasmou-se primeiro pela eloquência e coragem dele na tela em defesa de ideais, de pontos de vista, de interpretação dos fatos e considerações acerca do futuro.
Depois, pela história de amor e dedicação aos livros e à causa, características contagiantes dele.
Foi um passo para torná-lo presente e constante na sala via TV ou no celular, grande alegria.
E quando ele saudou a memória de um camarada levando a mão ao coração, o gesto a comoveu e a tomou ainda mais.
Todos os dias, a voz, as histórias apresentadas, os sorrisos, a sedução, a sensação de companhia, de troca, de dedicação.
Num dado momento, inspirada no desfecho de -A rosa púrpura do Cairo-*, só que às avessas ou ao contrário, levantou-se convicta, sem nada que a fizesse ficar, nem fugir, e adentrou a tela da TV para um mundo que afinal, já era dela conhecido.
*1985, filme de Woody Allen, uma declaração de amor do diretor ao cinema