Como uma folha de Outono
É que as vezes eu me sinto
Como uma folha de Outono
Pendendo de um lado ao outro
Na ponta de um galho de árvore
Agarrada a ele, insistindo em não querer soltar
Mas secretamente, pensando
" E se..."
O vento fica mais forte
Me puxando para o desconhecido
Que inconsequente, pode ser
Minha própria morte
Ou o que eu preciso
As vezes eu me sento pra observar as árvores
E sinto o alívio em vê-las crescer novamente
Mesmo sabendo, que um dia
Irão embora outra vez
De repente!
A Morte chega para todos
Basta observar com cuidado
Se eu aqui, deste lado
Pudesse mudar meu passado
Quem seria eu no presente?
O que seria daquela velha folha, seca
Ali, tão solitária
Se negando a querer se soltar
Porque soltar, poderia ser a liberdade
Ou o seu fim
Encarei mais um pouco aquela estranha
Que eu tanto, comparava a mim
Caminhei até ela, toquei seu corpo
Cansado, desbotado...
E arranquei-a de uma só vez
Foi melhor assim