e levo minha vida assim :
gosto de alho ardente,
de pimenta sem colheita,
gosto de pensar
nos pássaros
que, um dia, serão
livres para voar
e, nós, livres para pensar!
gosto de azeite popular
pois me dá um ar angular,
de gritar alado.
e me levo assim.
um dia, um dia destes,
ainda vou perguntar a alguém
estudioso do mundo,
o que é feito
das almas alheias,
do cultivador de ânsia,
do propagador
de bondades
do descobridor de ideias.
em cada segundo,
vou lá eu perguntar:
aos Zeus do poder.
pra que
fui nascer?
se nem ao menos sei crescer!