Paraíso.

"pés na eternidade do amanhecer

e réus lírios no leito da insanidade

e na clava dum anjo solitário

os meus prantos são iguais diamantes!

"e às vezes as folhas secas bailando

amontoando meus párvulos sonhos

e quão belas as borboletas giram

enfeitando as rosas que sangram!

"mas, do lado de fora são cinzas

libertando meu espírito cansado

fazendo-me chegar além do paraíso!

"e como no fio da navalha

me rasgo em mil pedaços cintilantes

diante dum escaravelho amaldiçoado.

Ednaldo Santos
Enviado por Ednaldo Santos em 30/09/2022
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