Valor meu que
se dispersa
num revoar de aves.


Calor meu que se esvai
num debater
ameno do frescor vento.


Saudade minha que
se apara no vazio
onde meu nome é 
ninguém
e o seu é pérola
de guardar.

 

Reza de poucos,
bendito por menos,
do que alguns,
ando por corredores
sem endereço,
num postal cardido
de lembranças de chamas
sem fogo, mas onde

a vida
leva meu nome!

 

Um dia que foi todo vida,
um dia que me perdi em meus sonhos,
e hoje clamo sozinho por vida e por

mãos,
e tento roubar meus sonhos de fururo com

lampejos de armênias
onde sou sola de flores,
sou voluntário,
que ninguém mais acalenta. 

 

José Kappel
Enviado por José Kappel em 27/09/2022
Reeditado em 27/09/2022
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