Valor meu que
se dispersa
num revoar de aves.
Calor meu que se esvai
num debater
ameno do frescor vento.
Saudade minha que
se apara no vazio
onde meu nome é
ninguém
e o seu é pérola
de guardar.
Reza de poucos,
bendito por menos,
do que alguns,
ando por corredores
sem endereço,
num postal cardido
de lembranças de chamas
sem fogo, mas onde
a vida
leva meu nome!
Um dia que foi todo vida,
um dia que me perdi em meus sonhos,
e hoje clamo sozinho por vida e por
mãos,
e tento roubar meus sonhos de fururo com
lampejos de armênias
onde sou sola de flores,
sou voluntário,
que ninguém mais acalenta.