A Tatuadora

Sob a pele manchada de tinta

O seu coração manchado de sangue

Mas não doi mais

As marcas do passado o tempo apaga

Mas conserva bonito o delineado que agulha faz

Sempre sozinha, destoando

Nasceu para ser balde de tintas

Em um mundo em preto e branco

Bem ali, quase invisível sua alma

Vozes estranhas apontam suas diferenças

E enxergam as suas cores

Mas nunca o seu vazio

Pega papel e caneta

E começa a desenhar a mão livre

Sem saber bem seu destino

Sob a pele manchada de tinta

O seu coração ainda batendo

Uma confusão de rabicos contornam- lhe a silhueta

Mas seu olhos ainda são os mesmos de menina

Uma doce criança inocente

Que sonhava em ser somente ela

A crueldade do mundo lhe moldou mulher

Mas a arte vive nela

E para sempre

O seu corpo, sua tela

Grécia
Enviado por Grécia em 08/09/2022
Código do texto: T7601139
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