Enquanto Você Dorme
Poesia dedicada a poesia "Barquinho de Papel" do grande poeta Francisco de Assis Góis
Enquanto Você Dorme
Este meu filho querido,
Está sempre a devanear.
Por Ritinha faz alarido,
Bem na hora do jantar.
Saia daí sem demora,
Eis que estou a te esperar!
Não vês que passa da hora
De jantar e se deitar?
Amanhã é outro dia,
Sabes que poderá brincar.
E poderá sem ousadia, (rsrsrsrs)
Ritinha no barco levar.
Que tu não cresças menino,
Este é o meu pedido!
Que sempre fosses pequenino.
Queria meu querer concedido.
O veria tão feliz com pouco,
Sem ter da vida os dissabores.
Sem as mazelas deste mundo louco,
Que só nos traz desamores.
Sou eu e tu querido filho,
Enfrentando os oceanos.
Também devaneio aos cochilos,
Mas não alcanço meus planos.
A vida real é tão dura!
Filho, meu alicerce é você.
Sei que por vezes sou insegura,
Mas preciso deixar-te crescer.
Sei que vais ganhar o mundo.
Precisará navegar tua vida.
Eu sinto bem lá no fundo,
Que não suportarei sua partida.
Enfim a vida é assim...
Filhos criados, eles se vão.
Voam tal qual “passarim”,
Para se destacar na multidão.
Que Deus guie teus passos,
Que tu não sofras jamais!
Oro agora com você nos meus braços,
E saibas, precisando serei teu cais.
(Estarei aqui filho, sempre que precisares)