UM PONTO

 

O eixo errante pintado de esperança

branco e polido de bem-querer

Faz-se do não o vão, de mansa

A chuva do ir e voltar, o crer!

 

Fosse uma pena leve, a mansidão

Do descanso, a limpidez

A tua sede que não ma sede,

que cede, queima e poli

 

Do nada se põe e se vai

do nada em vão:

um ponto.

 

 

GONDIM, Kélisson. Um ponto. In: MARTINS, Gilberto. Palavra é Arte. Salvador: Cultura Editorial, 2013, p. 13)

Kélisson Gondim
Enviado por Kélisson Gondim em 23/08/2022
Reeditado em 24/08/2022
Código do texto: T7589308
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