UM PONTO
O eixo errante pintado de esperança
branco e polido de bem-querer
Faz-se do não o vão, de mansa
A chuva do ir e voltar, o crer!
Fosse uma pena leve, a mansidão
Do descanso, a limpidez
A tua sede que não ma sede,
que cede, queima e poli
Do nada se põe e se vai
do nada em vão:
um ponto.
GONDIM, Kélisson. Um ponto. In: MARTINS, Gilberto. Palavra é Arte. Salvador: Cultura Editorial, 2013, p. 13)