V A Z I O

Na ampulheta do tempo

Passando de grão em grão

Vivo as agruras do momento

D’um viver sem Norte ou razão

Poeira cósmica infinda

No âmago passa sem sentir

Quem sabe um dia se rescinda

O preto e branco e viva-se o colorir

Perdido em desalentos

D’um viver e só o ver passar

Qual brisa em meio aos ventos

Metáforas ao léu de um caminhar

Adormeço num lá nem cá

Onde não é possível o sonhar

Pensamentos divagam aqui e acolá

Vazio onde não consigo me encontrar