A morte
Eu sou um pouco de você,
Eu não sou um motivo, razão ou porquê.
Eu sou um estalo, venho em um instante inesperado,
Não sou branco, preto ou pardo.
Me resumem a ausência,
Mas isso é só seu ego, carência.
Todos sabem que eu existo,
Mas me temem, evitam falar de mim, mas, resisto.
Resisto porque tenho meu papel,
Não sou a nenhum Deus fiel.
Sou o fim,
Você nasceu e retornará enfim...
Sou o mistério,
O fim não se resume a lápide de um cemitério.
Ele é o portal que eleva a consciência,
Ouse da vida e a absorva com experiência.
Não tenha medo de errar,
O vento vem e por acaso posso te encontrar.
Não é questão de justiça ou bondade,
Eu venho no momento certo independente da idade.
Não há o que temer aqui ou aí,
Seja a semente que você quer nutrir.
E não pense em mim cedo,
Só passei para dizer que não há porque de mim ter medo.