Estou aqui...
...nesse labirinto escuro e sombrio,
Pensando em meu destino de menino poeta.
Vejo ao longe uma tênue imagem de meu viver,
Busco, então, ao sabor da fantasia esse sofrer.
Estou passeando pela beira do mar azulíssimo
E de tão infinito contemplador e doloroso.
A criança lírica que havia sido criada em mim
Se tornou um ser mítico e desolado por tudo isso:
Pelo não de sempre, pelos ventos que destroem,
Pelos olhares de ódio, pelas palavras avessas,
Por não tocarem as mãos com carinho e força.
Estou aqui nesse labirinto arredio e taciturno,
Entre o sacrilégio e o ufanismo diário e perpétuo.