NUM NUNCA ACABAR...
SEMPRE POR UMA MIGALHA,
SEMPRE POR UM NACO,
SEMPRE POR UM RESTO
DE UMA NESGA
DE UM AFETO SUPLICADO.
DE UMA CARENCIA GENUÍNA
DE BERÇO, DE UTERO.
BASTA UMA VAGO ACENO
UM SIMULACRO DE QUERENÇA.
E O MEU MUNDO
MULTIPLICA-SE EM MIRÍADES DE CORES.
A VIDA PARECE TORNAR-SE VIVA.
SAIO DAS MINHAS PRÓPRIAS TREVAS.
E PAREÇO SER,
ALÉM DO ESPECTRO PRÓPRIO,
A PROJEÇÃO DO OUTRO.
CEDO, SEM LIMITES.
MESMO, SABENDO SER ILUDIDO.
E É ASSIM UMA VEZ.
E OUTRA,
E OUTRAS.
NUM NUNCA ACABAR...
SERÁ INDELÉVEL?