A CRIANÇA, QUE FUI
“PARAFRASEANDO FERNANDO PESSOA”
A CRIANÇA, QUE FUI
Pelos jardins da vida e até hoje, jamais me
Separei da criança, que fui em priscas eras
Juvenis, nas lides da escola e dos folguedos!
Sem os medos de hoje era uma criança livre...
Sempre envolvida de carinhos nutria respeito
Aos mais velhos... E, amizade aos coleguinhas!
Rinhas sempre havia, como coisa de criança!
A cada tarde, que, se punha era uma bonança!
Nossos redutos eram os campinhos de peladas,
Ruas desertas após às 22hs, as casas dos que
Tinham televisão para eu assistir o famoso
“Enigmas além da imaginação”! Era só emoção!
Submisso e ordeiro, ao que, me diziam meus pais,
Eles eram os canais de minha educação e formação...
Havia tempo para tudo: Brincar e estudar, passear,
E, até para a formação religiosa como fé operosa!
A criança, que fui, sempre contemplou a ordem e a
Disciplina com as regras da família e da sociedade!
Era uma comunidade honesta e honrada...
Formada pelos valores cívicos e culturais...
Morais preceitos balizavam-me os caminhos!
Sob o carinho da família dividia com os amigos
Aquilo, que podia numa constante sinergia,
A empatia nos unia como crianças sadias...
Éramos pobres, e, de poucas posses. Mas, jamais
Faltaram a riqueza e a alegria do dia a dia...
Eu sempre sentia o êxtase de brincar livremente
Como um pássaro fora da gaiola e exuberante!
A criança, que fui legou-me o que sou hoje, como
Adulto honrado e cônscio de minhas obrigações e
Deveres para com a sociedade e o Estado!
A criança, que fui, e, o adulto que hoje sou!
Jose Alfredo