A Rede
Os algoritmos escondem seus segredos,
E para alguns,
O mundo se resume a um toque,
Comandado pela ponta dos dedos.
E pela imagem,
Se despertam os desejos,
Puro consumo,
Um território,
Faz a todos prisioneiros.
Corpos talhados,
Amputados os defeitos,
Harmonizados,
Distrofiam,
Frente ao espelho.
E são expostos,
Trocados sem ser tocados,
Devorado a olhos vistos,
Vertigem,
Beira suplício,
Mais um cliente saciado.
As mentiras que te contam,
Viram denúncias verídicas,
Deturpam a fórmula,
E anedotas,
São a base para estatística.
É o oposto revirado ao avesso,
E o fanático,
A Gritos,
Sem argumentos,
A controvérsia que gera cancelamento,
Por uma tela,
Expressa os sentimentos,
Curtida é índice,
De melhor engajamento,
Aos outros ataca,
Sem arrependimento.
A isca é boa,
A rede é forte,
O mar encanta,
É ópio puro,
Que gera encantamento,
Tudo é exposto,
Aqui não há constrangimento.