NOS BRAÇOS DO TEMPO
As vezes me vejo um menino
Pela vida a caminhar
A procura de um caminho
Que não sabe onde encontrar
E segue assim, sem destino
Sem saber onde chegar...
Olhando a frente o horizonte
Que sempre esta a minha frente
Aos poucos vou encontrando
O meu ser, no ser gente
Trazendo de volta a minh'alma
Que se fez tão ausente...
E nesta angústia humana
Que tento me descobrir
No brilho de um olhar
No encanto de sorrir
Na força que me contém
E faz o meu existir...
Tentando compreender
O que sou eu na verdade
Qual é o sentido da vida
Que busca a felicidade
Se o céu é o limite
Que nos dá a eternidade...
Olhando a vida passar
Cumprindo assim meu destino
Hora velho, hora moço
Hora criança, hora menino
Assim, nos braços do tempo
Aos poucos vou me descobrindo...