Morada

Quando bate a saudade de casa

Quando o sonho cria asa

Com o coração em brasa

Vai mais longe, mais longe que esperava

Encontra o caminho da sua morada

Sei que sabe pouco ou quase nada

Sente o vento, a brisa ventada

Inventa palavra, pois gosta de palavra inventada!

Se conecta em um momento mágico,

sem nenhum plágio.

Sente um leve presságio

Vive com calma esse estágio

É que tudo é tão arriscado!

Como correr o riscado

sem nunca ter tentado

e palavra alguma inventado

Sê somente o que tem que ser

É uma questão de moral e dever

Ao Dharma não quero dever

pois o Dharma é a Lei!

Só que não sou cavaleiro errante

Tão pouco um Quixote andante

Que mata gigantes

Moinhos uivantes

Quero a vida o quanto antes

Ter uma alma de diamante

Para que quando chegar adiante

O Kharma não me derrube, mas me levante

Sempre tive sonhos brilhantes

Com os olhos cintilantes

E vi muito de longe

O seu voar no horizonte

Não sei da vida ou da jornada

Sinto uma presença que a mim inspirava

De tanto que comigo falava

As vozes na minha cabeça silenciava

Aaahh, como é sagrado a tua morada

Quem sabe um dia a encontrarei

E mais nada!