Vidraça!
Há uma vidraça estilhaçada
Dentro do meu coração
Cacos se misturam no interior do meu corpo
Criando choros e dores!
Que trazem lembranças...
Da infância com os pés nus sobre a terra fria:
Nela, há momentos felizes, e outros não!
Da juventude acelerada, sem hora marcada
E as verdades da vida adulta
Refletidas no espelho desta caminhada...
Uma visão que insiste em dizer:
“Você vive os instantes finais
Em cada partícula do vidro
Espatifado no seu interior”.
É o pôr do sol que se aproxima!
Seu dia a dia também vai se quebrar”
Em fragmentos tão minúsculas
Que o vento o soprará para algum lugar
Como a terra seca suspensa no ar!
Como pó que a tempestade leva para outro lugar
Onde uma nova vidraça vai se formar...