Indiretas
Estes seus olhos vermelhos,
Muito rubros nos espelhos,
São razões de vida louca.
O nariz feito algodão,
E a vã satisfação,
Da fumaça em sua boca.
Essa pedra que carrega,
Uma vida toda, entrega,
À agonia vil, vulgar.
Já não tem meta de vida,
Falsa alegria sofrida,
Ofuscando o caminhar.
À alguém, mando indiretas,
Ou às vezes são direitas,
Pra esse alguém redimir.
Tenha brio e bom senso,
E reflita no que eu penso,
Se a carapuça servir.