À Beira do Abismo
Vivemos em função da exploração,
Da concessão,
E transgressão,
Da subsistência.
Faces transformadas,
Algumas pela fome,
Outros harmonizam,
Buscam viver de aparência.
Eu buscando o sentido da vida,
Pra não deixar de viver.
Cavando com minhas mãos a cova,
Para no final,
Poder me esconder.
Defensor enfático,
Da prática do humanismo.
Em que a desordem,
Torna o sufixo casual,
Talvez um modernismo.
Observador da disparidade da vida,
Vida,
Onde poucos degustam da mísera fortuna,
Muitos reviram o lixo,
A miséria agride o homem,
E há quem julgue,
Ser capricho.
Atrocidades defendidas,
Ameaça de tortura,
Quantos são seus seguidores e defensores?
O cabresto,
É a justiça defendida,
Enaltecemos o mal,
Para curar feridas.
Nada,
Nenhuma perspectiva de futuro,
O escravo se sensibiliza com o "patrão",
Quer mais luxo,
E para massa,
Reservado o lugar imundo.
Tanta briga por quase nada,
Quantas voltas,
Em vida,
Já deu o mundo?
Eu clamando por amor,
E no fundo,
Todos somos iguais,
A beira desse abismo profundo.