À Beira do Abismo

Vivemos em função da exploração,

Da concessão,

E transgressão,

Da subsistência.

Faces transformadas,

Algumas pela fome,

Outros harmonizam,

Buscam viver de aparência.

Eu buscando o sentido da vida,

Pra não deixar de viver.

Cavando com minhas mãos a cova,

Para no final,

Poder me esconder.

Defensor enfático,

Da prática do humanismo.

Em que a desordem,

Torna o sufixo casual,

Talvez um modernismo.

Observador da disparidade da vida,

Vida,

Onde poucos degustam da mísera fortuna,

Muitos reviram o lixo,

A miséria agride o homem,

E há quem julgue,

Ser capricho.

Atrocidades defendidas,

Ameaça de tortura,

Quantos são seus seguidores e defensores?

O cabresto,

É a justiça defendida,

Enaltecemos o mal,

Para curar feridas.

Nada,

Nenhuma perspectiva de futuro,

O escravo se sensibiliza com o "patrão",

Quer mais luxo,

E para massa,

Reservado o lugar imundo.

Tanta briga por quase nada,

Quantas voltas,

Em vida,

Já deu o mundo?

Eu clamando por amor,

E no fundo,

Todos somos iguais,

A beira desse abismo profundo.

Charles Alexandre
Enviado por Charles Alexandre em 28/05/2022
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