Quem diria?
Quem diria que um dia nada mais restaria?
Quem me dera um dia o coração palpitasse e afastasse a melancolia.
Mas como poderia um órgão tão solitário despejar para fora de si todo entulho de uma temporada de desilusões de uma só vez?
Quem diria que chegaria esse dia e, mesmo cravado com os espinhos das decepções armadas, em meu peito nasceria um campeão?
Nem tão resistente à dor, mas resiliente como a teia da vida.