Sou estranho
Sou estranho pois me permito essa letargia de pretextos inesgotáveis,
Sou estranho porque não participo desse mêdo coletivo , dessa culpa que se estende no vazio,
Sou estranho quando escuto o silêncio que me conta absurdos tão previsíveis,
Sou estranho quando aperto esses novos gatilhos, quando essa raiva fica limpa e me sinto mais vivo,
Sou estranho quando caio nessa armadilha de ansiedade e encontro esses fósseis inventando nostalgias,
Sou estranho nas minhas contradições, no meu desdém permissivo, nessa verdade que dura somente um dia.