VIDA!
(Ps/458)
Vida!
Não há mais grandioso
Do que a extensão da vida
E vivê-la na plenitude!
Vida!
Em todos os sentidos
Em seus poros mais profundos,
Inspirando e expirando,
Transpirando,
Vida!
No coração e na alma
Pulsa e cresce, enobrece
O poder e o sentir, o sofrer,
Crescimento engendrando
Vida!
Do amor surgiu a vida,
Fertilizada de luz e de esperança
Regada a cada dia, em vigílias
Como nas asas do vento!
Vida!
Vida que corre atrás do sol!
Vida que corre atrás dos sonhos!
Vida que pulsa nas manhãs de outono!
Vida que desabrochou num Abril, no Sul!
Vida!
Vida que vive, agora,
Num país ocidental que ampara
Na raiz e o sangue lusitano corre
Freneticamente, nas veias, no espaço
Onde respira o sagrado considerado,
Onde um dia também teve vida!
Vida!
Clara e difícil, muitas vezes
Para se compreender, porém,
Desce o pano, sempre,
Para o próximo ato!
Vida!
Como gotas, a vida,
Seria de lágrima, ou seria de chuva?
Gotas...
O chão irão molhar,
Cristalinas se desfazem,
Choram secas em seu momento
Na rosa, talvez
Aprisionadas, fugazes,
Ganhando o céu,
Condensadas, ao nada.
Brilham por instantes,
Como um pequenino diamante!