Eu, Prisioneiro de Mim
Aspecto,
Incertos,
Vejo arquétipos,
De Clarice Lispector.
A dura realidade cotidiana,
Me gera angústia,
Sem platéia,
Exponho meus dramas.
Entendo que pouco,
Ou nada entendo.
A inquietação revela minhas falsas intenções,
A verdade que se esconde nas entrelinhas,
A realidade inventada.
Quem as não inventam?
Na angústia em ser humano,
Sou criador de portas e janelas.
Estou dentro,
Mas necessito ver saídas,
Para buscar o ar de fora,
Pois se aparece o medo,
Assim não me devora.
As perguntas surgem
Porém sem respostas.
E eu,
Escrevo,
Textos,
Poesias,
Músicas,
Notas.
E que sorte do meu eu,
Ter eu como próprio cativo.
Se contradizem a todo momento,
São opostos em pensamentos,
Para um,
O outro é tormento,
Mas um é para o outro,
Essência,
Descobrimento,
Assim como para nuvens,
Há o vento.
Galáxias movem e manifestam-se dentro de mim,
Dinâmico,
Como a velocidade de meus pensamentos,
Tamanha rapidez,
Que vezes escapa o verso,
Esconde o verbo,
A poesia se perde na contemplação da insinuada da nova ideia.
Tão livre,
E prisioneiro de mim.