tudo bem?
família bem?
vivendo a paz?

os rios contiuam
a traquejar
durante à noite?

e os muados
dos bichos
solitários?

rabicham zoados,
que tornam a noite
mais amena,
meio empoada
de tristeza.

e a criança
que morava em você
já acabou?

ou continua a caminhar,
vagalume,
lento e poroso,
igual aos riachos
da vila?

tudo bem?
pois aqui não.

há névoa
e repassos
de morte.

aqui,
esgarja passos
soturnos
e tiros
embriagados.


mas,
ainda brincas
com árvores
com pomos
de maçãs?

tal qual!

já não me
lembro
do que fomos !

por aqui
nada disso.

ai,
espero que
sim,
e mariazinha?

continua
a flutuar
filhos?

bela mulher !

bom caráter,
corpo de veludo
átrio.

pena, muita pena,
que ela tenha
corrido
pra sua nexo,
e me deixado
pronto de agonia.

nessa, agora, falsa
vida, que nem digo:
ardo de fano
com saudade !

ah! nada me alivia!

pois saudade a
gente também mata,
com espingarda,
igual passarinho
sem guarda !

 

Mais ficar sozinho,

vivendo á  sua sombra

me faz lembrar 

aquele

homem que viveu toda sua vida

e não viveu a vida de ninguém !

 

 

 

 

José Kappel
Enviado por José Kappel em 13/04/2022
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