No caminho de João
sopram ventos do leste:
daqueles que nascem nas montanhas
e vêm rebater em seu rosto
já amargo, corrido, sem frestas.
No caminho de João
há hora das tâmaras,
dos sabiás,
há hora de roçar as azaléias,
hora de ser criança
e se perder no tempo
que se ama.
No caminho de Chamene
há festa de sol e mel,
brilho de magia,
abóboda de céus,
mantos coloridos
- quase casuais -
que pendem em seu ombro
de nome mulher.
Há cantiga de quem espera,
um dia ser dela,
mascote de aventureiro,
onde um beijo sela
seu pranto de todo
amor!