Vilão!
Acordei
chorando,
por sonhos
que não sonhei.
Do que não quis,
não fiz,
não sou,
não desejei.
Pesadelos existenciais.
Pesadelos vívidos e reais.
A vida é uma letra, sim, que faz
chorar. Li... por aí.
Vivi... por aqui.
Depois que rodou a vida, não há
como rebobinar; é filme passado.
Ainda bem que desse filme,
o que não quis... já passou.
Não vivo mais.
Não sinto mais.
Não cedo mais.
Dirijo
minha
criação,
como
o autor,
cineasta,
personagem,
mocinho e vilão.
Pensar não dói
e escrever
acrescenta.
Senta e emburrece só!
Agora vivo,
finalmente vivo,
a liberdade que sonhei.