Valsa sem nome
toca no salão ao lado,
onde debutam os
passageiros do tempo.

Todos lá estão:
a memória,
o passo,

vestidos de cetim.
a dor,
o ritmo, a saudade,
o que não brota mais,
o que de resma não vem mais.

Agora, sobram lembranças,
 lá no fundo da
canção,

também no menear,

influxo sem ritmo,

que faz

no sopro da valsa
 o meu sono

que já é
de criança.

mas que um dia
vai fazer nós, 

nós dois.

dois de amor !

 

José Kappel
Enviado por José Kappel em 01/04/2022
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