na avenida dos notáveis,
cheio de rosas e
homens ágeis,
estou sempre chegando,
quando eles partem.
pode ser coincidência
mas nesta história eu
sei:
duro mesmo
é ser
chamado
de visionário
na tal
avenida
dos notáveis.
um bom homem,
me diz, ora, um passante:
fica em seu lugar,
pois tais homens
mal conhecem o amor
e nem amantes tem,
são descamizados e nem conhecem
o brilho das estrelas,
são dedutiveis e previsíveis,
são feitos com quociente de vários números.
tem dinheiro razante,
muita febre de poder,
não aceitam piedade nem lamento,
condenam e descondenam,
mas são homens sem hora
e luz interior,
quando a vez virar
estão condenados
ao pavio do esquecimento !