Bate e perde:
Bate e perna
Bate o braço,
esperneia, mas não canta,
Por ser homem,
porta a dança e
bruma o perfume.
Por ser homem,
O vôo é curto,
muito alado !
Mas a caçada é brava.
Morre de costas, morre de dor,
balança e apruma.
Costura a ferida
como um boi de cordão!
A terra é sua,
O grito é escuro.
Mas no fim com
mil bandeiras e mil guerreiros,
eles te lançam à morte,
mesmo sendo a amada
lua !
A vida é tua.
Fios de sol,
escorridos e magros,
brilhantes e lancetados
por arco-iris,
procuram teu corpo pela porta do tempo.
Mas, ao entardecer,
fica sozinha e coberta
de cinzas e da leve brisa.
Sem temer,
Dá a mão à tempestade
e nela se abriga
porque de agora até amanhã
Ela tua amiga.
Os homens a fizeram morrer
dentro do tempo de ninguém.
Brinde à amargura de ser só
e cada vez ousar mais o tempo.
Chamá-lo de sem tempo e desafiá-lo,
porque o que perdeu aqui vai achar lá,
Do outro lado da porta de cedro.
Um dia, bem mais cedo, bem mais tarde
vai dizer: "Eu estive lá".
Na terra do encanto onde ela repousava.
Quase mosteira!
E não se fala mais de morte!
Soltem os pombos,
E façam a luz brilhar.
Pois
eu estive lá
mesmo proibido por lei,
na terra do corpo dela
e agora espero
no roçado que faz o rei!
- E não se fala mais de morte!
Há oito músicos ao seu lado,
ás seis em ponto - chegaram.
Em cada ponto, uma bala, um canhão,
três valsas sem nome,
mas muito de renome,
dessas que dançam no salão de fadas.
Ela vestida de pano,
botelhando uma garrafa
do mais puro vinho, quase de mil anos !
Perto do meu abismo, ela me serviu então.
Serve o nobre primeiro - disseram - e depois o
que veste aquele de raspão !
Uma flor que roda a vida e,
meio tonto, meio sem graça,
fui lá pedir
trigo e pão, barro
para terracota.
E lá no brejo ouvísseros de pássaros,
com comidas de velhos bascos, pedi, meio senão,
de morte, não falem mais!
Morri de bem amor,
mas difícil foi,
mas preferivel, do que
renascer
sem ela,
no torto e sem cor !
E eu já era argila modelada e frita em forno !